sexta-feira, 23 de agosto de 2013

"Aos Treze", A tentativa de uma versão americanizada de Christiane F.












Ficha Técnica

Gênero: Drama
Direção: Catherine Hardwicke
Roteiro: Catherine Hardwicke, Nikki Reed
Elenco: Brady Corbet, Evan Rachel Wood, Holly Hunter, Jeremy Sisto, Nikki Reed, Vanessa Hudgens
Produção: Jeffrey Levy-Hinte, Michael London
Fotografia: Elliot Davis
Trilha Sonora: Mark Mothersbaugh
Duração: 100 min.

Este é o primeiro longa da diretora Catherine Hardwich, que tem como auxilio na elaboração do roteiro a jovem atriz Nikky Reed, baseado em experiências vividas ou presenciadas por ela própria, quando tinha 13 anos. Reed até ganha um papel na trama , é ela quem interpreta Evie, a má influencia que desvirtua a inocente Tracy .




O filme de Catherine Hardwich, não traz nada de novo, é difícil assisti-lo sem fazer uma analogia à outras obras que tratam desse tema. Parece que o objetivo central deste filme é apenas chocar, as vezes até se tem a impressão de que as cenas não possuem nexo umas com as outras, já que o critério para a edição das cenas parecia ser o grau de elementos chocantes que ela possuía. Talvez o mérito desta estrutura de filmagem é a constatação da chamada contradição da hipermodernidade – conceito desenvolvido pelo antropólogo Gilles Lipovetsk, para dizer que nunca houve pós-modernidade como se convencionou chamar o período mais recente da modernidade . O que parece estar acontecendo com a jovem Tracy é uma busca pelo extremo prazer, tudo se extremiza, na vida desta garota, ela encarna o "hiperconsumismo" americano ao se encher de pilhagens furtadas dos shopings sem o menor consentimento, fato que a própria mãe parece fingir não perceber. Por outro lado é interessante notar que a sociedade se torna cada vez mais moralista. Há mais de 20 anos , Christiane F., fazia coisas muito mais fortes que esconder um piercing da mãe. Sinal dos tempos.
Apesar do requinte do filme, que possui uma boa produção, não passa de uma versão "americanizada" de "Cristiane F", que perde para o original exatamente na crueza, no elemento crítico e na objetividade. Objetividade que faltou ao filme de Hardwich. Não se sabe se essa quis deixar claro às mães norte-americanas que: "é inevitável, sua filha vai ser uma puta drogada aos treze anos", ou "não seja muito amiga de sua filha, pois isto pode deixá-la assim", ou então simplesmente "vamos viver, este é o american way of life".
Mas também não vou negar que esta falta de objetividade se torna uma virtude, pois não tenta passar nenhuma mensagem edificante como os vários clichês deste gênero.


Assista ao Trailer:






Está crítica foi originalmente publicada no meu outro blog "Analisando o Cinema" Com o título de
"Aos Treze", Uma versão americanizada de Christiane F".*



André Stanley alcunha de André Luiz Ribeiro é professor e escritor; autor do livro “O Cadáver” (Editora Multifoco – 2013); É membro efetivo da Asso. Dos Historiadores e pesquisadores dos Sertões do Jacuhy desde 2004. Atua hoje como professor e pesquisador de História Cultural. Também leciona língua inglesa, idioma que domina desde a adolescência, Administra e escreve para os blogs: Blog do André Stanley (blogdoandrestanley.blogspot.com) Sobre História, política, arte, religião, humor e assuntos diversos e Stanley Personal Teacher (stanleypersonalteacher.blogspot.com) onde da dicas de Inglês e posta exercícios para todos os níveis.

Um comentário:

  1. Gostei muito da análise que fez sobre este filme, concordo que o desfecho ficou subentendido,não vi nada de novo, apenas cenas clicle, o que percebi foi uma garota mimada precisando de atencao que nao compreende o esforço que mae tinha que fazer para se manter, mas dizem que adolescente não pensa!? Se e verdade !

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