quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Editor independente de São paulo produz mais de 100 livros em sua própria casa

O poeta e editor Eduardo Lacerda, da Patuá, no quintal de sua casa( Sampa Criativa)


Título original: EDITOR PRODUZ EM CASA MAIS DE 100 LIVROS E UMA INDICAÇÃO AO JABUTI
POR ANA PAULA FERRAZ
Há um ano, Eduardo Lacerda dorme no sofá da sala. As quatro paredes de seu quarto, do chão ao teto, e também a sua cama são tomadas por livros. Resiste apenas, num canto, ostentosa e protetora, a imagem de Iemanjá. Os mais de 2 mil exemplares, que também ocupam o hall de entrada e uma parte da sala da casa dos seus pais, no bairro de Sapopemba, zona leste de São Paulo, fazem parte do estoque da Patuá, editora independente fundada em 2011 por ele e sua ex-sócia, Aline

Rocha. O catálogo conta com 150 títulos de autores estreantes, em sua maioria, poetas.

Lacerda, que é filho de pai de santo, explica: patuá é um amuleto de origem africana. “Para muitos, é uma forma de proteção, mas, para a gente, é uma forma de enfrentamento”, afirma corajosamente o editor e poeta que, há três anos, optou por viver de literatura. Supersticiosamente ou não, os resultados da Patuá têm sido muito bons. Alguns dos escritores revelados pela editora têm conquistado destaques em grandes jornais. O livro Vário Som, da poetisa Elisa Andrade Buzzo, inclusive, concorre este ano ao prêmio Jabuti, o principal de literatura no país. “Temos conseguido tudo isso, mas não é o objetivo. O que eu quero é ter liberdade de fazer coisas como publicar o primeiro livro de um menino que eu acredito. Isso é ser uma editora independente”, pontua.

Agito literário


Os eventos de lançamento da Patuá acontecem semanalmente e também são acontecimentos, com encontro de dezenas de prosadores e poetas que trocam ideias, informações e, claro, fofocas. “Não é um movimento literário, mas é uma movimentação literária”, diz. Lacerda pretende manter o catalogo da Patuá vivo: “Quero que um livro publicado hoje ainda esteja circulando daqui a dez anos”. Porém ele admite que isso depende muito de como o autor trata sua obra. “Há pessoas que encaram a publicação apenas como uma aventura.” Atualmente, a Patuá recebe para avaliação cerca de cem originais por mês. “Não dá para ler tudo.”
Leia matéria completa no Site Sampa Criativa

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