quarta-feira, 6 de julho de 2016

O Revolucionário Judeu



Certa vez, um judeu meio revolucionário resolveu ser bonzinho com todo mundo, inclusive os mais rudes criminosos e, isso incomodou uns sacerdotes que não concordavam com um cara meio hippie fazendo performances de rua, tirando o foco das pessoas da verdadeira fé. Também, o cara era muito impertinente, vivia dizendo para as pessoas que a riqueza não era sinal de sucesso, que as pessoas deviam deixar sua família para sair por ai e pregar o amor entre as pessoas, que o dinheiro deveria ser apenas para pagar os impostos, porque não era de dinheiro que as pessoas precisam, o verdadeiro tesouro de cada um é o que eles fazem aos seus camaradas. Dizia também que, se alguém te bater na cara ofereça o outro lado para levar outra porrada. Ou seja, ele não foi visto com bons olhos. Por outro lado, era difícil competir com um cara que fazia números fantásticos, ele curava cegos, ressuscitava defuntos, levitava, dentre outras coisas. Talvez, se isso fosse feito nos templos ou nas casas dos ricos empresários isso não seria um problema, no entanto, o público do cara era formado por prostitutas, ladrões, fornicadores e todo tipo de escória das mais perigosas. O cara, obviamente, foi preso, acusado de subversão e foi condenado a morte. Assim, o inconveniente judeu foi morto e esquecido para todo o sempre. Afinal, naquela época não havia internet para postar seus incríveis workshops, nem silk-screen para que sua face fosse estampada nas camisetas das pessoas.




    André Stanley é escritor e professor de História, Inglês e Espanhol, autor do livro "O Cadáver", editor dos blogs: (Blog do André Stanley, Stanley Personal Teacher). Colaborador do site especializado em Heavy Metal Whiplash. Foi um dos membros fundadores da banda de Heavy Metal mineira Seven Keys. Também é fotógrafo e artista digital.

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