segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Azul é a Cor Mais Quente - Filme Francês mostra relacionamento lésbico de forma explícita

Léa Seydoux e Adèle Exarchopoulos em La Vie d'Adèle.  © Wild Bunch/Quat'Sous Films

Ficha Técnica

Gênero: Drama
Direção: Abdellatif Kechiche
Roteiro: Abdellatif Kechiche
Elenco: Adèle Exarchopoulos, Alma Jodorowsky, Aurélien Recoing, Benjamin Siksou, Catherine Salée, Fanny Maurin, Jérémie Laheurte, Léa Seydoux, Mona Walravens, Salim Kechiouche, Sandor Funtek
Produção: Genevieve Lemal
Fotografia: Sofian El Fani

Montador: Albertine Lastera, Camille Toubkis, Ghalia Lacroix, Jean-Marie Lengelle

Esse é talvez o filme Francês mais badalado de 2013. Essa obra que em português recebeu a tradução da versão do seu nome em inglês (Blue is the warmest color). Mas seu título original em francês é simplesmente “La vie d'Adèle” (A vida de Adele). Um filme muito longo, beira as 3 horas. Isso devido ao uso de cenas muito grandes, incluindo uma enorme cena de sexo explícito entre a protagonista Adèle (Adèle Exarchopoulos) e sua namorada Emma (Léa Seydoux). 

Um filme magnífico que segue a risca a escola francesa. A história de Adèle é contada sob seu próprio ponto de vista, de forma cadenciada e melancólica. Alias A atriz Adèle Exarchopoulos que foi premiada pelo papel, foi uma escolha muito feliz. Seu rosto naturalmente triste e com certa timidez escondida encaixou lindamente na personagem que leva o seu próprio nome. Essa película foi a vencedora da Palma de Ouro do Festival de Cannes desse ano (2013). É um filme reflexivo que dificilmente agradará os fãs do cinema hollywoodiano, mas que tem uma quantidade de sexo explicito digna de ser tachado de subversivo pelos mais conservadores. No entanto, foi unânime a critica positiva recebida pelas atrizes que interpretam as duas amantes lésbicas que se atiram em um intenso relacionamento. Óbvio que muitas controversas surgiram devido as cenas de sexo real praticadas por elas. 


Algumas poucas cenas mostram a França como uma sociedade ainda muito preconceituosa, principalmente em relação ao homossexualismo feminino, mas não chega ser pauta no roteiro. É um filme bem subjetivo, em primeira pessoa, quase um diário, que mostra as pelejas emocionais de uma adolescente em crise de identidade sexual. Quando se descobre lésbica consegue construir uma identidade forte e luta por seu amor, mas ainda com muita dificuldade de assumir publicamente sua sexualidade. Um filme que pode entrar par a história do cinema pela sua subversão e não pela qualidade de seu roteiro, algo que o próprio diretor Abdellatif Kechiche já previu após a realização do filme. 

Agora é tarde, pois as cenas de sexo explícito podem sim de alguma forma prejudicar o julgamento do filme. Nas palavras do próprio realizador desse longa podemos notar um certo grau de arrependimento: “o sexo real impedirá que o espectador assista ao filme "com o coração limpo e com um olhar atento". "Eles [o público] vão dizer, 'será que este homem não abusou dessas atrizes? Será que elas também não gostaram [de fazer sexo] e não querem falar?” Disse Abdellatif Kechiche em entrevista ao site Télérama.


Assista o Trailler:






Veja entrevista com o diretor Abdellatif Kechiche:



                                   

André Stanley alcunha de André Luiz Ribeiro é professor e escritor; autor do livro “O Cadáver” (Editora Multifoco – 2013); É membro efetivo da Asso. Dos Historiadores e pesquisadores dos Sertões do Jacuhy desde 2004. Atua hoje como professor e pesquisador de História Cultural. Também leciona língua inglesa, idioma que domina desde a adolescência, Administra e escreve para os blogs: Blog do André Stanley (blogdoandrestanley.blogspot.com) – Sobre História, política, arte, religião, humor e assuntos diversos e Stanley Personal Teacher (stanleypersonalteacher.blogspot.com) onde da dicas de Inglês e posta exercícios para todos os níveis.


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