Ficha técnica:
Título: A Visita Cruel do Tempo
Autor (a): Jennifer Egan
Editora: Intrinseca
País de origem: EUA
Título original: A Visit from the Goon Squad
Lançado no Brasil: 2012
Gênero: Romance Americano/Ficção
Gênero: Romance Americano/Ficção
Li esse livro duas vezes e ainda acho que poderia ler
novamente para reviver cada momento desse caleidoscópio caótico criado pela
autora. Jennifer Egan criou uma história forte com uma temática que interessa a
todos depois de uma certa idade. Digo isso, pois não é um livro fácil. Mas te
faz refletir sobre sua própria vida. Sobre o que já fez e o que ainda pode fazer.
A Visita Cruel do Tempo é uma obra que esbanja pós-modernidade,
tanto na história que é bem contemporânea quanto na forma de escrever. Egan
cria um set de personagens que não vivem diretamente uma mesma história, mas
que sempre em algum momento de suas vidas entram em contato e dividem o mesmo
espaço e tempo de forma direta ou indireta.
Em um capitulo inteiro Egan se utiliza de gráficos criados
no “Power Point” que na história foram feitos por uma personagem infantil para
explicar de forma simplista um momento chave de uma das protagonistas do livro,
Sasha Blake. Ou seja, um livro de primeira qualidade e que certamente mereceu
ter recebido o premio Pulitzer de ficção em 2011. Fazendo um paralelo com minha
forma de escrever, sem querer me comparar a essa bela autora contemporânea, diria que também sou adepto dessa forma caótica e desconexa de
criar histórias.
Ainda não fui capaz de criar uma história retilínea com começo
meio e fim. Prefiro o caos.
Esse romance desafia o leitor a construir a história em sua
memória através de fragmentos perdidos no tempo vivido por pessoas diferentes
que eventualmente se encontram. Por isso não leia-o apenas uma vez. Esse livro
merece uma reflexão mais ampla e uma maior dedicação. Jennifer Egan o conduz
por uma série de pontos de vistas e de historietas subjetivas para que você caro
leitor consiga adicionar sua própria reflexão sobre a crueldade do tempo.
Para
isso Egan se utilizou de vários elementos da cultura pop e underground, como
bandas punk tentando seu lugar ao sol, roqueiros decaídos tentando reviver suas
carreiras. Mostra também alguns bastidores da industria fonográfica e também do
jornalismo. Sintetizando, é uma obra verdadeiramente deslumbrante. O efeito
inovador utilizado pela autora faz você sentir nostalgia por momentos vividos
por certos personagens que sempre reaparecem vivendo algum outro fragmento de
sua vida.
Jennifer Egan site ofical: http://jenniferegan.com/
André Stanley alcunha de André Luiz Ribeiro é professor e escritor; autor do livro “O Cadáver” (Editora Multifoco – 2013); É membro efetivo da Asso. Dos Historiadores e pesquisadores dos Sertões do Jacuhy desde 2004. Atua hoje como professor e pesquisador de História Cultural. Também leciona língua inglesa, idioma que domina desde a adolescência, Administra e escreve para os blogs: Blog do André Stanley (blogdoandrestanley.blogspot.com) – Sobre História, política, arte, religião, humor e assuntos diversos e Stanley Personal Teacher (stanleypersonalteacher.blogspot.com) onde da dicas de Inglês e posta exercícios para todos os níveis.
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