A Lua de Yakusa - Memórias de Shoko Tendo a filha de um gangster

Não há nada de original nesse livro, más há muitas coisa boas nele, é claro. Como os famosos diários de ex prostitutas que se tornaram uma febre no Brasil e outros países, “A lua de Yakusa” tem um valor que ultrapassa a simples narrativa de uma história pessoal de uma “garota pervertida”. Shoko Tendo escolheu uma formula consagrada que tornou Christiane F. famoso no começo da década de 1980. Mas ao contrario da garota alemã – hoje Sr. Felscherinow, a Senhorita Tendo descreve sua vida desde criança como filha de um chefão da Yakusa. Nesse caso Tendo é um pouco melhor que as outras. Ela foi capaz de descrever elementos culturais de seu país que às vezes nós não encontramos em livros desse tipo. Apesar do nome “A Lua de Yakusa” não se trata de um livro sobre a Yakusa especificamente, mas uma descrição dos elementos familiares dessa organização visto por uma jovem garota.

Mas há algumas coisas nesse livro que merecem atenção. Por exemplo, a tradição que está presente na cultura contemporânea japonesa. Como os japoneses se importam com o local de sua morte. Como o Japão se tornou hoje um país capitalista comum, e por outro lado um grande mantenedor de suas antigas tradições. As tatuagens que ela mostra na capa do livro não é tão Yakusa assim, como a própria autora explica, mas ilustra outro elemento cultural que faz de Shoko Tendo uma grande representante da exótica beleza japonesa.
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André Stanley alcunha de André Luiz Ribeiro é professor e escritor; autor do livro “O Cadáver” (Editora Multifoco – 2013); presidiu o Centro acadêmico do curso de História no UNIFEG em 2007, é membro efetivo da Asso. Dos Historiadores e pesquisadores dos Sertões do Jacuhy desde 2004. Atua hoje como professor e pesquisador de História Cultural. Também leciona língua inglesa, idioma que domina desde a adolescência, Escreve para o Blog do André Stanley, sobre assuntos diversos.