É hoje um fato, que nos corredores das faculdades por ai temos nos deparado com alguns sujeitos de roupas pretas e cabelos compridos, que são realmente notados como elementos exóticos no ambiente acadêmico. Mas quem são estes cabeludos que estão sempre de luto? São membros de uma “tribo urbana” que atende pelo nome genérico de “Headbangers”, popularmente são conhecidos com o nome - que já se tornou pejorativo - de “Metaleiros”. Este movimento é na verdade um movimento cultural, principalmente musical, que surgiu no início dos anos 70, onde o estilo musical batizado por Heavy Metal começava a conquistar uma legião de fãs ultra-fiéis. Talvez devido a fama de maus alunos, e de não darem a mínima importância para os estudos, e ainda de se comportarem de forma subversiva, esse exotismo de que falei acima se torna mais evidente. Mas o que nenhum acadêmico socialmente correto poderia esperar, é que estas figuras inusitadas foram fonte de uma pesquisa feita em 2007 com 1.057 estudantes ingleses, e os fãs de Heavy Metal estavam entre os mais inteligentes. Segundo os pesquisadores isto se da pelo fato de: “ As pessoas dotadas sentem mais a pressão social e usam a música para extravasar”.
E mais recentemente os "metaleiros" estão sendo motivo de discussão no meio acadêmico. Também na Inglaterra, que pode ser considerada o berço do Heavy Metal, uma universidade criou um curso totalmente voltado para quem quer receber um certificado de ensino superior em "Heavy Metal". Trata-se do primeiro curso universitário voltado para a musica pesada. Antes cursos como esses eram apenas voltados para gêneros considerados mais depurados, como o Jazz e a musica clássica.
Então da próxima vez que cruzar com um destes sujeitos mau encarados nos corredores de alguma faculdade, não faça pré- julgamentos a seu respeito, pois pode estar diante de um gênio.
( fonte: Revista Super Interessante, Edição 239 Maio/2007)
André Stanley
André Stanley é professor e escritor; autor do livro “O Cadáver”; presidiu o Centro acadêmico do curso de História no UNIFEG em 2007, é membro efetivo da Ass. Dos Historiadores e pesquisadores dos Sertões do Jacuhy desde 2004. Atua hoje como professor e pesquisador de História. Também leciona língua inglesa idioma que domina desde a adolescência..
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